Um percurso na história da arquitectura da habitação em Portugal», título da dissertação de mestrado defendida por Maria Tavares na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa em 2003, é o tema da próxima sessão do Ciclo Investigações, a 13 de Maio (19h, sede da Ordem dos Arquitectos).
As habitações económicas desenvolvidas entre os anos 40 e 70 do século tiveram um impacto importante para a investigação das condições sociais de habitabilidade e de produção arquitectónica moderna em Portugal.
A fundação das habitações sociais, após a Segunda Guerra Mundial, coincide no tempo com a organização do Primeiro Congresso Nacional de Arquitectura (Maio e Junho de 1948) marcado pela reivindicação dos «princípios do Movimento Moderno e da Carta de Atenas como condição necessária para a solução de carências habitacionais» [mais].
De acordo com Maria Tavares, a «habitação colectiva recupera uma nova dignidade» e as respostas das reflexões feitas na altura «seguem, por um lado, uma visão internacionalista assente nos princípios da Carta de Atenas e, por outro, uma preocupação de ordem cultural, procurando o estabelecimento de pontes com a ‘casa popular’ e uma arquitectura mais vernácula».
As habitações económicas desenvolvidas entre os anos 40 e 70 do século tiveram um impacto importante para a investigação das condições sociais de habitabilidade e de produção arquitectónica moderna em Portugal.
A fundação das habitações sociais, após a Segunda Guerra Mundial, coincide no tempo com a organização do Primeiro Congresso Nacional de Arquitectura (Maio e Junho de 1948) marcado pela reivindicação dos «princípios do Movimento Moderno e da Carta de Atenas como condição necessária para a solução de carências habitacionais» [mais].
De acordo com Maria Tavares, a «habitação colectiva recupera uma nova dignidade» e as respostas das reflexões feitas na altura «seguem, por um lado, uma visão internacionalista assente nos princípios da Carta de Atenas e, por outro, uma preocupação de ordem cultural, procurando o estabelecimento de pontes com a ‘casa popular’ e uma arquitectura mais vernácula».
Importante lastro dessa preocupação cultural é a realização do «Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa», em que participam cerca de 200 arquitectos entre 1956 e 61, que permite uma ampla pesquisa dos valores arquitectónicos e a «reinterpretação dos conceitos modernos». «Local de ensaio para novas formas de habitar, as casas económicas, através do estudo de tipologias funcionais inovadoras» obtêm o empenho da nova geração de arquitectos.
O programa das Casas de Renda Económica, criado em 1945 e que é um dos «dois momentos essenciais de intervenção neste domínio» das habitações económicas, juntamente com as Casas Construídas através de Empréstimo, é uma resposta às graves faltas habitacionais que se fazem então sentir.Os chamados agrupamentos de Casas de Renda Económica «são realizados através de encomendas directas a arquitectos que exercem profissão liberal (…). Nuno Teotónio Pereira, figura de destaque das habitações económicas, orienta o que seria o principal promotor público de habitação social a partir dos anos 50.
«O Bairro de Alvalade [mais] é a ‘rampa de lançamento’ das habitações económicas, com a construção inicial de duas das oito células constituintes do plano de Faria da Costa. É a primeira realização feita com capitais da previdência na habitação».Citações retiradas do artigo de Maria Tavares «Um percurso na habitação em Portugal» [mais] Maria Tavares, arquitecta e mestre em arquitectura da habitação, é professora na cadeira de projecto III, do quinto ano de licenciatura em arquitectura, na Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão.
Mais Informações:http://www.oasrs.org/conteudo/agenda/noticias_cultura.asp