Uma sala de exposições temporárias e um auditório são as principais valências do espaço projectado pelo arquitecto português, no qual vai passar a funcionar a entrada no equipamento.
Criar um edifício "tranquilo" mas não "anónimo", que preservasse o espaço público e não competisse com a linguagem arquitectónica da construção já existente, foi o desafio assumido pelo arquitecto Pedro Campos Costa, que projectou a expansão do Oceanário de Lisboa, no Parque das Nações. O projecto, que deverá ser construído até 2011, vai ser apresentado na terça-feira.
O novo edifício será, segundo o arquitecto, um prisma irregular de betão que, "através de furos localizados variavelmente para funcionar como diafragma entre o interior e o exterior, proporciona um jogo de luzes que desmaterializa a massa construída". Esta extensão do Oceanário, a construir em terra e não sobre a água como o edifício original, terá três pisos acima do solo e dois abaixo, ocupando uma área de cerca de três mil metros quadrados.
Pedro Campos Costa sublinhou ao PÚBLICO a complexidade do projecto, uma vez que se vai intervir num espaço público consolidado que "está a funcionar muito bem" e cuja dinâmica importa preservar. Uma das principais premissas na procura da melhor localização para o novo volume, tarefa que esteve a cargo do arquitecto, foi assim "deixar o espaço público envolvente ao Oceanário aberto e sem nenhum tipo de obstáculo visual".
Nesse sentido, o edifício ficará como que "suspenso", funcionando como "tecto de uma nova praça, agora coberta". As bilheteiras do Oceanário de Lisboa serão instaladas nesta praça no piso térreo, a partir da qual se passará a fazer a entrada no equipamento cultural no Parque das Nações, sendo os dois pisos no subsolo consagrados a um auditório.
No segundo piso funcionará uma sala de exposições temporárias e no primeiro vai fazer-se a ligação, através de uma ponte, à construção já existente, projectada pelo norte-americano Peter Chermayeff. Pedro Campos Costa frisa que se procurou que o novo edifício dialogasse com aquele que foi criado por ocasião da Expo 98, que "vem nos postais como imagem de marca de Lisboa" e cuja classificação como imóvel de interesse municipal já foi decidida no fim de 2008 pela Câmara de Lisboa.
O arquitecto acredita que conseguiu responder a estas exigências com um edifício "tranquilo" mas não "anónimo", no sentido em que não concorre com o projecto de Peter Chermayeff nem representa um corte com ele, apesar de continuar a poder ser identificado como uma nova extensão.
Pedro Campos Costa sublinha que procurou também que as exigências estéticas se conjugassem com "boas performances ao nível da sustentabilidade". Nesse sentido, garante o arquitecto, "a solução formal da fachada responde eficazmente às questões térmicas, criando uma fachada dupla ventilada", já que "a perfuração serve como filtro", permitindo "ganhos energéticos no arrefecimento e no aquecimento" do edifício.
Na terça-feira, o administrador do Oceanário de Lisboa, João Falcato, e o arquitecto Pedro Campos Costa vão proceder à apresentação do projecto de expansão deste equipamento cultural, às 11h30. O presidente do conselho de administração da Parque Expo, Rolando Borges Martins, fará a abertura da sessão e o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, o encerramento.
Reforçar a capacidade do Oceanário para cumprir a sua missão, garantir a sua sustentabilidade económica e financeira a longo prazo e aumentar a satisfação dos visitantes através de novas exposições são os objectivos anunciados desta expansão.
O Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários públicos da Europa, é frequentado anualmente por cerca de um milhão de portugueses e estrangeiros, tornando-o "o equipamento cultural mais visitado de Portugal", como se lê na sua página na Internet. Desde que foi inaugurado, o espaço, com mais de 30 aquários e oito mil animais e plantas, já recebeu mais de 13 milhões de visitantes.
Em 2008, o Oceanário de Lisboa, empresa do grupo Parque Expo, registou um lucro superior a 1,3 milhões de euros, naquele que foi o "melhor resultado líquido de sempre". Também o programa educativo contou com mais 50 mil participantes do que no ano anterior, num acréscimo de mais de dez por cento.
Criar um edifício "tranquilo" mas não "anónimo", que preservasse o espaço público e não competisse com a linguagem arquitectónica da construção já existente, foi o desafio assumido pelo arquitecto Pedro Campos Costa, que projectou a expansão do Oceanário de Lisboa, no Parque das Nações. O projecto, que deverá ser construído até 2011, vai ser apresentado na terça-feira.
O novo edifício será, segundo o arquitecto, um prisma irregular de betão que, "através de furos localizados variavelmente para funcionar como diafragma entre o interior e o exterior, proporciona um jogo de luzes que desmaterializa a massa construída". Esta extensão do Oceanário, a construir em terra e não sobre a água como o edifício original, terá três pisos acima do solo e dois abaixo, ocupando uma área de cerca de três mil metros quadrados.
Pedro Campos Costa sublinhou ao PÚBLICO a complexidade do projecto, uma vez que se vai intervir num espaço público consolidado que "está a funcionar muito bem" e cuja dinâmica importa preservar. Uma das principais premissas na procura da melhor localização para o novo volume, tarefa que esteve a cargo do arquitecto, foi assim "deixar o espaço público envolvente ao Oceanário aberto e sem nenhum tipo de obstáculo visual".
Nesse sentido, o edifício ficará como que "suspenso", funcionando como "tecto de uma nova praça, agora coberta". As bilheteiras do Oceanário de Lisboa serão instaladas nesta praça no piso térreo, a partir da qual se passará a fazer a entrada no equipamento cultural no Parque das Nações, sendo os dois pisos no subsolo consagrados a um auditório.
No segundo piso funcionará uma sala de exposições temporárias e no primeiro vai fazer-se a ligação, através de uma ponte, à construção já existente, projectada pelo norte-americano Peter Chermayeff. Pedro Campos Costa frisa que se procurou que o novo edifício dialogasse com aquele que foi criado por ocasião da Expo 98, que "vem nos postais como imagem de marca de Lisboa" e cuja classificação como imóvel de interesse municipal já foi decidida no fim de 2008 pela Câmara de Lisboa.
O arquitecto acredita que conseguiu responder a estas exigências com um edifício "tranquilo" mas não "anónimo", no sentido em que não concorre com o projecto de Peter Chermayeff nem representa um corte com ele, apesar de continuar a poder ser identificado como uma nova extensão.
Pedro Campos Costa sublinha que procurou também que as exigências estéticas se conjugassem com "boas performances ao nível da sustentabilidade". Nesse sentido, garante o arquitecto, "a solução formal da fachada responde eficazmente às questões térmicas, criando uma fachada dupla ventilada", já que "a perfuração serve como filtro", permitindo "ganhos energéticos no arrefecimento e no aquecimento" do edifício.
Na terça-feira, o administrador do Oceanário de Lisboa, João Falcato, e o arquitecto Pedro Campos Costa vão proceder à apresentação do projecto de expansão deste equipamento cultural, às 11h30. O presidente do conselho de administração da Parque Expo, Rolando Borges Martins, fará a abertura da sessão e o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, o encerramento.
Reforçar a capacidade do Oceanário para cumprir a sua missão, garantir a sua sustentabilidade económica e financeira a longo prazo e aumentar a satisfação dos visitantes através de novas exposições são os objectivos anunciados desta expansão.
O Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários públicos da Europa, é frequentado anualmente por cerca de um milhão de portugueses e estrangeiros, tornando-o "o equipamento cultural mais visitado de Portugal", como se lê na sua página na Internet. Desde que foi inaugurado, o espaço, com mais de 30 aquários e oito mil animais e plantas, já recebeu mais de 13 milhões de visitantes.
Em 2008, o Oceanário de Lisboa, empresa do grupo Parque Expo, registou um lucro superior a 1,3 milhões de euros, naquele que foi o "melhor resultado líquido de sempre". Também o programa educativo contou com mais 50 mil participantes do que no ano anterior, num acréscimo de mais de dez por cento.