Os arquitectos Ana Lúcia da Cruz e Sérgio Garcês Marques venceram o 2º Prémio do Concurso Dubai 2A Magazine International Competition 2009, na categoria B – Pequena-escala (micro-ethnic localities – small scale interventions), ex-aequo com os norte-americanos Lisa Sauvé e Adam Smith.
O concurso destinou-se a estudantes e jovens arquitectos e somou 550 participantes de 90 universidades de todo o mundo, incluindo 10 portuguesas. Tinha como objectivo “desenvolver novas perspectivas e propostas no Dubai, com enfoque na oportunidade de resolver alguns aspectos emergentes devido ao desenvolvimento crescente da cidade”, lê-se numa nota enviada pelos arquitectos portugueses.
De acordo com os autores do projecto premiado “o Dubai é um lugar urbano com uma imagem arquitectónica enraizada onde impera o ruído visual de cada novo edifício. A escolha da área de intervenção recaiu no Dubai Creek, um lugar com história que funciona como porto e mercado da cidade e que importava infraestruturar e qualificar”.
A proposta foi no sentido de “no caos urbano da massa construída existente propomos um edifício que encontra a génese numa forma pura – o cubo – que se concentra e se expressa como um momento de silêncio e vazio no turbilhão quotidiano da cidade”.
O projecto prevê “um edifício que surge como um ponto de referência à escala da cidade, destacando-se dos demais edifícios pré-existentes que oscilam entre mega-estruturas exuberantes de modernidade e edifícios a pequena escala. Surgiu assim o conceito e o mote que funcionou como motor gerador de toda a proposta que se estendeu ao espaço público de uma grande praça e ainda a alguns braços sobre o rio, para apoio aos barcos caracteristicos do Dubai e, consequentemente, de apoio ao mercado que passará a funciona na área qualificada da praça”.
Em suma, “um centro multi-etnias que acolhe cada novo visitante como um velho amigo, dando lugar à criatividade e ao diálogo multicultural”.