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FRANCISCO MANGADO . EDIÇÃO MONOGRÁFICA ESPECIAL

"TORRE TURÍSTICA TRANSPORTÁVEL" do ARQUITECTO JOSÉ PEQUENO na EXPO XANGAI 2010

“Torre Turística Transportável” de José Pequeno na Expo Xangai 2010

A “Torre Turística Transportável” (TTT), um projecto do arquitecto José Pequeno com tecnologia e desenvolvimento portugueses, vai funcionar como o segundo pavilhão de Portugal na EXPO Xangai 2010.

Integrada no tema da exposição – “Better City, Better Life” – a TTT foi concebida pelo arquitecto José Pequeno com o apoio da DST e da Universidade do Minho, e assume-se como um projecto multifuncional de arquitectura sustentável que privilegia simultaneamente a evolutividade urbana, a modularidade, a integração ambiental e a mobilidade turística.

Para além de poder ser visitado, este segundo pavilhão português em Xangai será visualizável a partir de um ecrã instalado no pavilhão de Portugal (com ligação em directo ao seu interior) e estará ainda replicado à escala de 1/3 na “Urban Best Practices Area”, um espaço da exposição mundial reservado às melhores práticas no âmbito da arquitectura sustentável e das soluções urbanas.

“Vamos expor este projecto perante cerca de 70 milhões de pessoas, pelo que estamos bastante confiantes de que irão surgir novas oportunidades de negócio”, refere José Teixeira, CEO do grupo DST, que pretende iniciar a produção em série da TTT já em 2011.

Com nove metros de altura, três de largura e três de profundidade, a TTT possui três pisos na sua posição vertical. Funcionando como espaço autónomo, divide-se em cozinha e espaço de refeições; espaço de estar e escritório; quarto, varanda exterior e duas instalações sanitárias.

O projecto português é potencialmente auto-suficiente e, dado o reduzido impacto construtivo, vocaciona-se para o turismo de natureza, podendo ser incluído em cenários naturais e ambientes diversos onde não existam infra-estruturas, como é o caso de praias, florestas, vinhas ou campo.

Por outro lado, a torre pode ainda ser colocada na posição horizontal, como é transportada, dando resposta simultânea ao mercado residencial, nomeadamente em contexto urbano.

“Este é um produto industrializado e pré-fabricado que representa um novo conceito turístico e habitacional”, refere José Pequeno.

Com um design minimal e forte imagem expressiva, audaz ao nível da solução estrutural, a TTT combina iluminação natural e potencial energético, tendo sido estudada em detalhe para evitar dissonâncias com o ambiente, optimizar os processos de construção, reduzir os resíduos resultantes e diminuir os consumos energéticos do edifício.

Dada a especificidade do clima de Xangai, o exemplar da TTT que estará exposto não integrará o sistema construtivo Et3 Energetic Modular Technology, uma tecnologia também desenvolvida por José Pequeno e já apresentado na Ordem dos Arquitectos, no âmbito do Ciclo Investigações.

Esta tecnologia, distinguida com o Prémio BES Inovação 2009 na categoria de energia, destina-se a ser utilizada essencialmente nos sectores da construção sustentável e da reabilitação e materializa-se através de um painel modular misto composto por madeira e vidro, que pode ser utilizado como laje e/ou parede resistente.

O Et3 inova através da união estrutural entre a madeira e o vidro com uma tecnologia de colagem denominada “tglassbond” (timber-glass strutural bonding system), e também através da integração de sistemas solares passivos e activos, como massa térmica e vidros fotovoltaicos, que permitem aos painéis ser energeticamente eficientes.

Para desenvolver, produzir e comercializar os painéis Et3 e as suas várias aplicações, sendo uma delas a Torre Turística Transportável, a DST está a investir cerca de dois milhões de euros.

Neste investimento está contemplada a criação de uma nova empresa denominada “tglass”, que tem como objectivo produzir e comercializar esta tecnologia, tanto em Portugal como no estrangeiro.

“Queremos estar na vanguarda da inovação a nível internacional e promover a sustentabilidade ambiental, pelo que vamos continuar a apoiar projectos que, como o Et3, possam ser operacionalizados”, conclui José Teixeira.

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